Mais de 81 mil pessoas podem dizer com orgulho: ´Eu trabalho na Petrobras`. Seja na holding ou nas suas subsidiárias, o que se comenta é que os benefícios são inúmeros. Mas não é fácil chegar lá. Por uma determinação constitucional, o ingresso de pessoal na companhia está condicionado à aprovação em concurso. Na Refinaria Abreu e Lima, em construção em Suape, não será diferente. A planta deverá gerar 1,5 mil empregos, entre diretos (´crachás verdes`) e terceirizados sem concurso, chamados de ´crachás amarelos` (entre 700 e 800 vagas).
Refinaria Abreu e Lima está gerando 20 mil empregos na construção e já começou a selecionar pessoal para trabalhar na operação Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
O presidente do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro PE/PB) Marcos Aurélio Monteiro da Silva reconhece que não é fácil passar nos processos seletivos da Petrobras. Mas diz que fazer um bom curso técnico ajuda. ´Principalmente se for nas áreas de elétrica, eletrônica ou instrumentação. Se o candidato fizer um curso desses já vai estar muito bem preparado`, diz o sindicalista, que tem 22 anos de Petrobras e formação técnica em eletricidade.
Marcos Aurélio tem uma preocupação que é geral: que as vagas da Abreu e Lima sejam preenchidas por pernambucanos. ´Estamos vendo que, já nesta fase de construção e montagem, pernambucanos preparados, com bons currículos, não estão sendo aproveitados nos consórcios. Isso é preocupante`, afirma. O Sindipetro PE/PB tem atualmente cerca de 600 associados, número que deve dobrar nos próximos três anos com o início de operação da refinaria.
Os 236 técnicos de operação júnior aprovados no primeiro concurso da Petrobras recebem salárioinicial de R$ 2.019,01, mais benefícios, e estão sendo treinados em outras unidades de refino da empresa. Entretanto, para o coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Industrial (NDI) da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Antônio Sotero, continuar garantindo a ocupação das vagas por pernambucanos exigirá uma força-tarefa.
´Teremos que montar uma força-tarefa com a participação do poder público, instituições de ensino e empresas`, alerta Sotero. Segundo ele, para chegar à qualificação, é preciso passar antes pela educação continuada e por cursos intermediários e técnicos.
Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/2011/02/13/economia10_0.asp
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